
Como tenho andado um pouco dorido dos grupos musculares associados à natação a crawl decidi variar um pouco e tentar nadar mais lento, noutros estilos e tentando melhorar a técnica.
“There is no comparison between that which is lost by not succeeding and that lost by not trying.” Francis Bacon
O treino de hoje à tarde foi o reconhecimento do percurso da maratona de Eixo que se realizará a 16 de Agosto.
Treino de intensidade média, com cadências elevadas e sem correr riscos pois amanhã teremos treino de montanha, para mim, alta montanha.
Dados do traçado:
Percurso com um total de 40,34 Km, onde 9,56 Km são a subir, o que dá cerca de 23,7% da distância a subir. A descer são 9,06 Km, o que corresponde a 22,5% do traçado. Os restantes 21,71 Km são planos e são 53,8%. Daqui se tira a conclusão de que se trata duma maratona que tem duas faces, uma plana final e um sobe e desce constante na primeira metade.
Em termos de altitudes e desníveis ficam aqui alguns números:
Altitude máxima: 80 metros
Altitude mínima: 10 metros
Acumulado de subidas: 609 metros
Acumulado de descidas: 606 metros
Pendente média das subidas: 3,9%
Pendente máxima das subidas: 22,9%
Pendente média das descidas: -2,5%
Pendente máxima das descidas: -20,2%
Em termos de piso não é muito exigente, apesar de existirem alguns pontos que requerem mais perícia. As subidas não são longas, mas também não são fáceis. Apesar de existir algum asfalto, na zona intermédia de ligação, a maioria dos quilómetros são feitos em estradão largo de gravilha, o que convida a grandes velocidades e onde os roladores estarão em vantagem. Existem alguns “singletracks”, um dos quais muito engraçado e rápido. O resto é trilho de pinhal mais ou menos solto, com mais ou menos vegetação, mas suficientemente rolante para dispensar uns pneus muito cardados.
A bike ideal para esta maratona é uma rígida de carbono, com 80 mm na forqueta e uns “V-braques” em ambas as rodas, mesmo que esteja a chover. Pneus 1,95 semi-slicks chegam e sobram. Finalmente muita força nas pernas, pois é aí que vai estar o segredo da vitória.
Boa prova para quem participar!
Primeiro que tudo quero dizer que esta participação no II Triatlo de Aveiro foi muito positiva. Foi uma experiência inesquecível que deixou um enorme apetite para novas provas de triatlo. Cada vez gosto mais desta modalidade, devido à sua complementaridade e pelo desafio que constitui. Em breve deverei inscrever-me na Federação pois esta foi a primeira do que espero sejam muitas participações em provas do género.
Agoara vamos aos números.
Tempo total: 2:46:55, sendo 130º classificado da geral absoluto (176 inscritos) e 111º do meu escalão.
Tempo a nadar (1500m): 35:40 a uma média de 2,5 Km/h
Tempo a pedalar (39000m): 1:12:54 a uma média de 32,1 Km/h
Tempo a correr (9800m): 54:14 a uma média de 10,8 Km/h
Tempo de transições: 4:07
RCarMed de 148 bpm o que dá 79% do RCMax. Gastei 1773 KCal.
Cumpri o meu principal objectivo que era chegar ao fim, sem cair, sem me afogar e sem ser o último.
Depois conseguí perder menos de 1 hora para o vencedor e cumprir as distâncias em menos de 3 horas.
Ainda assim acho que o tempo de 2:45 estava perfeitamente ao meu alcance, uma vez que em treinos já tinha feito o segmento de corrida em menos de 50 minutos, porém algumas dores de estômago nas primeiras 2 voltas da corrida fizeram que os primeiros 5000 metros tenham sido feitos em mais de meia hora, tendo de qualquer forma recuperado muito nas 2 últimas voltas. A causa principal foi um estômago debilitado devido à toma de alguns antinflamatórios nos dias antes para aliviar as dores da região cervical. No segmento de ciclismo senti-me como peixe na água, disfrutando dos 370 metros de desnível positivo das 6 voltas para ganhar preciosos lugares. Aliás toda a minha prova foi feita de trás para diante. Começei a nadar com os últimos, tendo passado 5 ou 6 atletas na natação, muitos deles que me passaram na primeira transição devido à minha pouca experiência. Contudo no ciclismo recuperei esses e mais lugares. Nos últimos 500 metros da corrida ainda tive forças para recuperar uns 4 ou 5 lugares. Acho até que podia ter forçado esse ataque um pouco mais cêdo pois ainda estava um pouco folgado mesmo no final.
A jeito de conclusão dizer que para o ano conto participar de novo e o objectivo será baixar das 2h e 30m!
A todos bons treinos!
Dia 11 de Julho de 2008:
13:15 - Natação em piscina de 16 metros, com 300 m de aquecimento a crawl. Uma sequência de 3x100 m estilos, bruços x costas x mariposa. 5 séries de 32 m onde os primeiros 16 m a sprintar e os restantes 16 m a recuperar. Finalizei com uma série de 300 m em ritmo de competição onde fiz 5:45, o que daria aos 1500 m qualquer coisa como 28:45!
19:45 - Treino de ciclismo em bicicleta de estrada. 1h04m30s a pedalar 30,9 km, a uma velocidade média de 29,3 km/h, cadência média de 77 ciclos/min, ascensão de 80 m, temperatura média de 19ºc, gasto de 676 KCal, frequência cardíaca média de 144 bpm (77% rcmax), onde estive 56m47s in zone.
2008 será um ano de viragem. Até aqui eu encarava a bicicleta como um instrumento de lazer e pouco mais, porém depois de entrar em algumas provas de carácter amador começou um “bichinho” de querer andar mais rápido, de ir mais além, de me superar cada vez mais. Uma incessante, mas conscenciosa busca pelos meus limites, quer físicos, quer psicológicos.
Neste primeiro trimestre as saídas em bicicleta não foram muitas, principalmente em Fevereiro. No dia 17 de Fevereiro tive uma queda feia que me fez parar cerca de 3 semanas. Engordei 2 Kg, ficando a pesar 74 Kg. Perdi capacidade respiratória, mas principalmente perdi muita confiança.
Esta demorou muito a recuperar, acho até que sempre que fizer um sprint fora do selim vai haver sempre um fio de medo de acontecer um imprevisto que me atirará, de novo, violentamente contra o asfalto. Ainda assim deve aprender-se com os erros e eu nesse dia aprendi que numa bicicleta que não conhecemos e que não está devidamente afinada não devemos arriscar o limite.
Nestes 3 meses para além deste treino ficam muitas horas de ginásio com corrida em passadeira, sessões de exercícios com máquinas e aulas de RPM.
O principal objectivo foi ganhar capacidade respiratória. A par disso ganhei massa muscular perdendo também muita massa gorda. O que não teria sido possível sem uma modificação da minha alimentação, mas sobre isso falarei noutra altura.